segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Texto Campeão Municipal na Olimpíada de Língua Portuguesa

O ACRE QUE VÓS NÃO CONHECEIS

Por Gilson Castro


Há um bom tempo o estado do Acre vem sofrendo um grande ataque de ofensas. Alguns sites de pesquisas como o Yahoo, comprovam com aproximadamente noventa por cento dos seus seguidores que o Acre não existe, alguns até com piadas engraçadas, tais como, "O Acre? O que é isso? É de comer? A que país pertence? Ou algum animal?"
Se o Acre não existe, como explicar uma tamanha revolução entre dois países na briga por esse território? Como explicar a passagem de pessoas tão importantes por esse estado, além da imensa mata verde que aqui existente coisa que poucos territórios conseguem manter?
No início do século XX, os Acreanos travaram uma grande revolução com a Bolívia no objetivo de conquistar esse território para o Brasil. O nosso estado que lutava para ser brasileiro saiu vitorioso e hoje somos o orgulho de milhares de pessoas que aqui vivem.
Na última eleição presidencial, a acreana Marina Silva conquistou quase vinte por cento dos votos dos eleitores brasileiros, uma marca importante já que foi a sua primeira candidatura direta ao cargo presidencial. Esta por sua vez durante muito tempo foi Ministra do Meio Ambiente, defendendo com as próprias forças a nossa maior riqueza, a floresta, os animais, sobre tudo a natureza. Além disso, o então Chico Mendes, também acreano conseguiu lutar pelo meio ambiente até ser assassinado na sua própria casa e hoje é um dos defensores mais conhecidos no Brasil e no mundo e em nosso estado reside um parque ambiental com o seu nome.
Tivemos por muito tempo o produto de maior interesse nacional e internacional, a borracha. Tal produto que gerou a imigração de muitos nordestinos para o Acre em busca de melhores condições de vida, já que a devida região não o apresentava. E até hoje pessoas de vários lugares do país e de outras nacionalidades vem para conhecer, se instalam e não voltam mais.
Atualmente o setor agrícola fortalece a economia acreana que fez o Acre sair de um PIB de 2.868.000 reais em 2002 para 5.761.000 em 2007, um aumento de mais de 100 por cento. A taxa de desemprego é bem menor que a dos grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro.
Outro ponto a ser falado são os resultados obtidos na educação. O Acre hoje está no auge da educação com o maior crescimento do IDEB. A maior evolução ocorre no ensino fundamental de 1º ao 6º ano que subiu de 3,3 em 2005 para 4,7 em 2011, um aumento de 29%.  Chegando em 5º lugar no ranking nacional, atrás apenas de Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso, respectivamente.
Nosso "paraíso" apresenta a maior riqueza que um país pode ter, a mata preservada. Para tanto, o homem não se importa com isso e sim com as indústrias. Derrubar florestas significa riqueza para a sociedade atual, mas o valor do meio ambiente preservado em nossa vida, onde está? Será que o dinheiro vale mais que as águas, as plantas e os animais?
Os estados mais industrializados têm um motivo ou uma razão, por isso o que mais é constatado é o desmatamento. O Acre não desmata, por tanto não é industrializado e dizem que aqui só tem índio e mata, e eles o que tem? Somente poluição ambiental através das indústrias, desmatamento para fabricação de grandes prédios, exploração de animais para grandes circos, tais como leões, macacos e elefantes. Se isso é legal, então vamos ver até quando vai durar.
Temos certeza que a natureza está ao nosso favor. Águas, frutos nós teremos para sempre e não só para hoje, pois eu garanto que as fábricas vão à falência, os circos se acabam e os prédios vão a ruínas, mas a nossa natureza não falha e há de consagrar aqueles que a honram e, tal território estará em boas mãos. Como se diz, só quando for derrubada a última árvore, secar o último rio e o último peixe morrer que homem vai se dar conta que não se pode comer dinheiro.
Quando me perguntam se moro no Acre, não penso como vai ser a resposta, mas tenho a convicção de que eu queria que este soubesse que eu não sou só habitante  desse estado e sim de um paraíso sem fronteiras, onde a felicidade mora ao lado do orgulho, a riqueza passa longe, mas ao que colher nunca faltará.


(Gilson Castro é aluno do 2º ano A, da Escola Marcílio Pontes dos Santos . Fez esse texto para concorrer a Olimpíada de Língua Portuguesa 2012. Em 2011, se destacou em língua portuguesa ao fazer textos com riquezas em detalhes físicos e sentimentais. Atualmente ele alimenta o projeto do Professor Clevilson "A leitura e a produção textual em blog" com outros alunos destaques.)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA 2012



Etapa Estadual
Na etapa estadual a nossa escola teve a satisfação de ter a aluna Betânia Lopes como vencedora e viajará comigo (Professor Clevilson) para Natal - Rio Grande do Norte, para recebermos a premiação da etapa estadual e participarmos de mais uma eliminatória, agora, para chegar a grande final. O professor participará nesta fase com um texto de 7.000 caracteres chamado de Relato de Experiência.

Etapa Municipal 
Dois textos da Escola Marcílio Pontes foram classificadas para a fase estadual da Olimpíada de Língua Portuguesa. No gênero crônica o texto da Betânia Lopes foi o vencedor no município de Acrelândia. No gênero Artigo de Opinião o texto do Gilson Castro foi o classificado.