sábado, 17 de novembro de 2012

Meu município

 Essa postagem é dedicada aos alunos da Professora Andreia Lemes de Treze Tílias - Santa Catarina. Entrem, sintam-se saudados e deixe seus registros em comentários.


 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O futuro prefeito

Betânia Lopes
Um trovão anuncia a enorme chuva que esta por vim, trazendo um vento que chega varrendo as ruas de Acrelândia. Uma massa de nuvem cobre a radiante lua crescente que brilha ilustre como só ela, no céu que passa a escurecer com as nuvens carregadas. A chuva passa a cair tão brusca e violenta que chega a provocar ardor aos seres que estão à mercê de seu domínio.
Garnisé, um galo conhecido na cidade por perambular nos canteiros e hortas, acabar com a plantação e sair sem dar satisfação, chega todo molhado em um prédio, onde estava ocorrendo um debate de candidatos para a disputa da prefeitura. Ele entra na sala de reuniões todo faceiro, e vai logo dizendo:
- Quero ser prefeito!
Todos na sala olharam pra ele espantados, e um dos candidatos pronunciou:
- O que você disse?
-Quero ser prefeito, ora bolas. – Disse o galo em tom superior
Ouvem-se gargalhadas da sala, e o candidato pergunta ao galo não se contendo com o riso.
- Qual o seu nome, Sr. galo? – Disse ele não se aguentando de rir.
O galo fuzilou o candidato com os olhos e disse:
-Me chamo Garnisé Pinto.
-Então Garnisé..
- Garnisé não! Seu garnisé pro senhor.
-Certo seu Garnisé... De onde tirou a ideia de ser prefeito?
- Acho que ele comeu muito milho – Disse outro candidato em tom de deboche.
O galo olhou o candidato de baixo a cima e disse:
- Mais respeito senhores, caso contrario vão ter que se resolverem com o IBAMA.
A sala ficou em silencio, que foi interrompido por um candidato que exclamou:
- Esta bem Sr Garnisé, mas diga-me de onde tirou essa ideia louca de ser prefeito?
Garnisé disse então com a maior da metidez:
- Oras, se a Chiquinha do botequim, o Zé da mercearia e o Geraldo da peixaria, se candidataram... Porque eu Garnisé Pinto, o galo mais conhecido da cidade não posso???

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Me inspirando no desconhecido



Por Betânia Lopes
Manhã de uma terça-feira. O sol estava a nascer, trazendo uma forte brisa do mar em direção à calçada, que ficava logo ali. Onde terminava a onda começava a escada.
Encontrava-me a vagar entre as pessoas, com olhos inquietos, pois procurava um detalhe, não um qualquer,  um especial. O bastante para ter mérito de uma crônica. Quando de repente o avistei. Ele estava de costas pra mim. Fitei meus olhos nele, e passei a observá-lo. Era um homem simples, de meia idade, porém, a paisagem o transformava em uma criança, com olhos virgens para tamanha beleza. Olhava o horizonte de uma maneira particular. Enxergava mais do que os meus olhos podiam ver, pois havia admiração com intensidade, pureza.
A cada onda, seu peito se enchia de entusiasmo. Inclinava levemente o rosto, como se tentasse sentir a fragrância da brisa, do mar, da areia. A cada ação dessa, que se repetia como as ondas, ele que estava escorado com os cotovelos  na mureta de proteção, erguia-se.
Então me aproximei e pude perceber tudo. O homem é de uma região que não tem mar. De um lugar onde as belezas naturais são totalmente diferentes. O homem que não reconheci, que contemplava aquele momento como único, era meu professor. 

(Texto produzido pela aluna Betânia Lopes do 1º ano A, da Escola Marcílio Pontes dos Santos, na Fase Semifinal da Olimpíada de Língua Portuguesa, em Natal - RN. A competição exigia que ela tirasse uma foto, e que a partir dela, fizesse um texto. Ela tirou uma foto do Prof. Clevilson admirando o mar.)