sábado, 17 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
O futuro prefeito
Betânia Lopes
Um trovão anuncia a enorme chuva
que esta por vim, trazendo um vento que chega varrendo as ruas de Acrelândia.
Uma massa de nuvem cobre a radiante lua crescente que brilha ilustre como só
ela, no céu que passa a escurecer com as nuvens carregadas. A chuva passa a
cair tão brusca e violenta que chega a provocar ardor aos seres que estão à
mercê de seu domínio.
Garnisé, um galo conhecido na
cidade por perambular nos canteiros e hortas, acabar com a plantação e sair sem
dar satisfação, chega todo molhado em um prédio, onde estava ocorrendo um
debate de candidatos para a disputa da prefeitura. Ele entra na sala de
reuniões todo faceiro, e vai logo dizendo:
- Quero ser prefeito!
Todos na sala olharam pra ele
espantados, e um dos candidatos pronunciou:
- O que você disse?
-Quero ser prefeito, ora bolas. –
Disse o galo em tom superior
Ouvem-se gargalhadas da sala, e o
candidato pergunta ao galo não se contendo com o riso.
- Qual o seu nome, Sr. galo? – Disse
ele não se aguentando de rir.
O galo fuzilou o candidato com os
olhos e disse:
-Me chamo Garnisé Pinto.
-Então Garnisé..
- Garnisé não! Seu garnisé pro
senhor.
-Certo seu Garnisé... De onde
tirou a ideia de ser prefeito?
- Acho que ele comeu muito milho
– Disse outro candidato em tom de deboche.
O galo olhou o candidato de baixo
a cima e disse:
- Mais respeito senhores, caso
contrario vão ter que se resolverem com o IBAMA.
A sala ficou em silencio, que foi
interrompido por um candidato que exclamou:
- Esta bem Sr Garnisé, mas
diga-me de onde tirou essa ideia louca de ser prefeito?
Garnisé disse então com a maior
da metidez:
- Oras, se a Chiquinha do
botequim, o Zé da mercearia e o Geraldo da peixaria, se candidataram... Porque
eu Garnisé Pinto, o galo mais conhecido da cidade não posso???
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Me inspirando no desconhecido
Por Betânia Lopes
Manhã de uma terça-feira. O sol
estava a nascer, trazendo uma forte brisa do mar em direção à calçada, que
ficava logo ali. Onde terminava a onda começava a escada.
Encontrava-me a vagar entre as
pessoas, com olhos inquietos, pois procurava um detalhe, não um qualquer, um especial. O bastante para ter mérito de uma
crônica. Quando de repente o avistei. Ele estava de costas pra mim. Fitei meus
olhos nele, e passei a observá-lo. Era um homem simples, de meia idade, porém,
a paisagem o transformava em uma criança, com olhos virgens para tamanha
beleza. Olhava o horizonte de uma maneira particular. Enxergava mais do que os
meus olhos podiam ver, pois havia admiração com intensidade, pureza.
A cada onda, seu peito se enchia
de entusiasmo. Inclinava levemente o rosto, como se tentasse sentir a
fragrância da brisa, do mar, da areia. A cada ação dessa, que se repetia como
as ondas, ele que estava escorado com os cotovelos na mureta de proteção, erguia-se.
Então me aproximei e pude
perceber tudo. O homem é de uma região que não tem mar. De um lugar onde as
belezas naturais são totalmente diferentes. O homem que não reconheci, que contemplava
aquele momento como único, era meu professor.
(Texto produzido pela aluna Betânia Lopes do 1º ano A, da Escola Marcílio Pontes dos Santos, na Fase Semifinal da Olimpíada de Língua Portuguesa, em Natal - RN. A competição exigia que ela tirasse uma foto, e que a partir dela, fizesse um texto. Ela tirou uma foto do Prof. Clevilson admirando o mar.)
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